quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Observando hipócritas




E hoje, com ajuda superior (não-divina)
pareço me encontrar
Sei mais sobre o que quero
E quero mais o que ainda não sei

Pareço voltar às origens
Pareço agora, voltar a receber
nutrição vinda da terra,
passando pelas raízes

Por fim,
meu silêncio não quer dizer tudo
mas, para mim, basta
para que, assim, reconheça

E o que quer expressar
tal silêncio, que não para mim?
Uma vontade infinita de dizer
sobre suas futilidades

Mas isso não quer dizer
que esteja internalizando,
muito menos engolindo, mas sim
ignorando

Ignorar para que, assim,
respeite quem mais amo:
o meu

Claro que todo esforço
tem seu preço
e hoje, ainda,
o pago

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Grãos




Qual lado devo te viver?
Este me parece doer,
Aquele me dói por não me parecer
Quantos fins há nisso?

Quanto mais te busco há algo
que me impede de alcançar-me
inteiro, completo, vívido;
eu

Penso em qual deve ser a forma
que te entenderei por completo
para, assim,
me fazer um completo, seu

Mas tenho me cansado demais
tenho vontade, às vezes,
de viver
a vida a pé

Prefiro te viver
como manda meu silêncio,
com calma necessária,
e alcançar-me por completo

"... acho normal ver o mundo feito faz o mar num grão de areia..."