quinta-feira, 4 de março de 2010

Tétrades



O pra sempre não o é;
a vontade de se ter
o que não mais é
à nostalgia movimenta.

O nunca em sua vontade
diz o que não se tem
não se pode
à negação se alardeia.

A frustração do hoje
provém do ontem: por si
um quiproquó inócuo,
ao cais da eterna esperança

Da união trípeda têm-se
o bordado de mesa,
embebido em gotas de oliveira
da feliz conserva - da conquista.

Por detrás do inócuo,
dos ares ruidosos em silêncio,
o sustento nutrido
em quase tétrades:

O talvez.

Um comentário:

Julia disse...

Fico feliz em ver que sua quantidade de posts caiu de 57 para 1, por ano. Acho q é um bom sinal e espero ter alguma contribuição nessa queda.